Já mostramos aqui no Blog que com a chegada da internet e também das redes sociais, surgiram novas maneiras de informar o público, com um grande leque de oportunidades para um jornalista se conectar com as pessoas e passar uma informação coesa e responsável da melhor maneira possível. Portanto, eis que o questionamento deste texto se sobressai: vídeos de fofoca, que se tornaram extremamente popular nos últimos anos, especialmente com a chegada do TikTok, podem ser considerados como um produto jornalístico?

No dicionário, “jornalismo” está caracterizado como uma atividade profissional que visa investigar, analisar e transmitir ao público informações da atualidade através de veículos de comunicação. Somente seguindo essa definição e analisando algum vídeos de “fofoca” publicados no TikTok, é possível compreender a relação entre os dois conceitos.

É conhecido como fofoca qualquer informação não necessariamente baseada em fatos sobre alguma pessoa (geralmente sobre uma celebridade, neste caso) sem o consentimento prévio deste indivíduo para a divulgação. Na teoria, esta definição não se encaixa nos padrões jornalísticos já conhecidos. Apesar disso, ao analisar alguns destes conteúdos no TikTok, é possível ver um amplo processo de apuração e cuidado com palavras por parte dos criadores.

A fofoca no TikTok na prática

O perfil de Jhonatan de Oliveira é um exemplo, e conta com uma abordagem mais determinante no Instagram do TikBlog. Ele usa sua página no TikTok para compartilhar notícias referente a vida das celebridades. Mesmo que este formato esteja aplicado no conceito de fofoca, os vídeos em questão apresentam o mínimo de apuração necessária para tornar o conteúdo confiável.

O criador de conteúdo cita fatos que são ilustrados com imagens que também servem como uma comprovação daquela informação divulgada. Ou seja, não há como categorizar o conteúdo somente como fofoca, levando em consideração esses fatores jornalísticos encontrados na produção. Quanto a questão ética, é necessário uma análise pessoal do público. Isso se deve já toda a produção de conteúdos deste cunho conta com informações de pessoas públicas, como cantores, influencers, entre outros. Dito isso, é possível sim compartilhar aquilo que chama de fofoca com um formato credível e responsável, desde que o objetivo seja somente informar.