Esporte

As dificuldades do futebol americano amador

Daniel Koop, ex-jogador de futebol americano, explica sua trajetória no esporte e como foi sua experiência
Daniel Koop deixou a carreira amadora do futebol americano por conta dos estudos

Ex-jogador de futebol americano, Daniel Koop pratica o esporte desde a sua adolescência. Ele jogou no Botafogo Challengers, atual Moura Lacerda Dragons, onde se destacou pela altura e chegou a atuar pela Seleção Paulista, além de ter somado participações pontuais em partidas de outros times, mas precisou abandonar a carreira no esporte por conta dos estudos. A paixão pelo futebol americano não foi suficiente para mantê-lo nesse meio, o que o levou a deixar a modalidade, em 2019, para cursar Educação Física em Bauru. Aos 24 anos, Koop ainda sente falta de praticar o esporte, mas tem a convicção de que não jogará mais neste nível, principalmente por conta da dificuldade física extrema que o futebol americano exige.

Como você começou a jogar futebol americano?

Daniel: Comecei a jogar em 2016. Eu tinha um amigo que ia fazer a seletiva do Botafogo Challengers, atualmente, Moura Lacerda Dragons, e ele me chamou para ir. Eu acabei não indo, mas não lembro o porquê, mas recordo que mandei mensagem para o próprio time. Eles falaram para eu ir no próximo treino, num sábado, em que eu fui e gostei. Eles gostaram de mim também, principalmente por eu ser muito grande, tenho 2 metros de altura, e era muito novo na época. Era muito difícil ter gente muito nova naquela época, e começar a jogar futebol americano, principalmente em Ribeirão Preto.

Quais eram as maiores dificuldades do esporte? Por que você parou de jogar?

D: Em 2019, eu passei na faculdade e fui morar em Bauru. Ficou muito complicado por conta da distância, Bauru fica a duas horas e meia de Ribeirão, então todo final de semana eu voltava pra treinar, que era no mínimo cinco horas de viagem. Eu treinava sábado e domingo, e além disso, os treinos eram muito pesados, ficava muito cansado. Tudo isso foi me desgastando bastante e no final comecei a faltar aos treinos. Saí, porque não estava curtindo mais e não via sentido em continuar. Depois que eu saí dos Challengers, um mês depois mais ou menos, eu recebi uma proposta do Corinthians para jogar o campeonato sub-23 em Curitiba. Era um campeonato de fim de semana e não entrei em campo. A última vez que joguei foi em 2021, quando o Sorriso Hornets me chamou para jogar esse mesmo campeonato que eu falei.

Pretende voltar a jogar futebol americano algum dia?

D: Nesse mesmo campeonato eu já tinha noção de que não daria continuidade no futebol americano, pelo menos não nesse nível mais profissional. Eu já estava mais de um ano parado, não treinava direito, então participei mais pelo lazer e pela saudade, que ainda sinto, de praticar o esporte.  Esse campeonato foi super difícil. Desloquei o ombro no primeiro jogo, mas mesmo depois de ter colocado o ombro no lugar, na semifinal eu fui de ambulância para o hospital por estar apresentando sintomas de concussão. No final deu tudo certo, mas é um esforço muito grande praticar futebol americano.

Compartilhe essa publicação

Leia mais