cultura

A cara do A Cidade

A população de Ribeirão também fez parte desta história, constando a sua história

 

A população de Ribeirão também fez parte desta história, constando a sua história. 

Já parou para pensar no número de fontes e personagens que fizeram parte do A Cidade? É claro que este número é incalculável, devido ao número de exemplares de um jornal centenário. Mas, sem sombra de dúvidas, muitos destes personagens e muitas destas histórias ficaram marcadas para os leitores. Se não para quem leu, para eles mesmos, os próprios personagens que deixaram o seu registro nesta longa história. 

Se tornaram a Cara do A Cidade

Conversamos com três figuras que participaram de edições especiais do jornal A Cidade. O aposentado Ricardo Andreo, na época, participou de uma reportagem especial sobre diabetes, a autônoma Luciana Moraes, que deu o seu depoimento sobra uma mordida de cachorro e os cuidados que tomou após este episódio, e também com o professor de artes marciais Rafael Murruga, que através do Muay Thai, que mantinha um projeto social para crianças e adolescentes dentro da favela do Simioni, zona Nortre de Ribeirão Preto. 
Ricardo lembra que durante o seu depoimento ele explicou como era o convívio com a doença, as limitações para quem tem diabetes, e de como foi aquele dia. “Foi para um especial de saúde. Entretanto ainda tenho o jornal aqui comigo, afinal, não é todo dia que aparecemos no A Cidade. Me senti famoso, pois naquela semana, muitos moradores do meu prédio tiraram onda comigo, pois também tinham me visto no jornal”. 


Entretanto o aposentado lamenta o fechamento do A Cidade e afirma que após este episódio, foi obrigado a aprender a usar o celular para ficar por dentro das notícias. “Eu tinha costume de ir na banca aos domingos e buscar o A Cidade, junto com o pãozinho do dia. Quando o jornal fechou, precisei me dedicar ao celular. Agora, acompanho as notícias por aqui”. 

Uma mordida que virou notícia

Melhor dizendo Luciana Moraes informou que virou fonte por acaso, pois o seu filho era estagiário do jornal. Entretanto, informou que gostou bastante da experiência. “Eu lembro que fui separar uma briga entre minhas cachorras, e a maior acabou mordendo o meu braço, deixando o hematoma bem feio. Naquela semana me tornei fonte por conta do ataque sofrido por cães. Meu filho me convidou e eu aceitei. Foi bem legal, agendamos um horário e o pessoal da reportagem veio até a minha casa”. 


Ainda de acordo com a autônoma ainda afirma que a anos acompanhava o A Cidade, e que aparecer no jornal foi muito representativo. “O jornal era algo muito querido em Ribeirão. Lembro das pessoas comentando sobre determinada matéria daquele dia, ou de uma história que apareceu por lá. Até mesmo na sessão do obituário, os mais antigos tinham costuma de quando um parente falecia, recortar ou guardar aquele exemplar. Entretanto o A Cidade era muito ligado a população e aparecer nele foi algo bem divertido, mesmo que com uma mordida no braço”. 


Contudo, para Rafael Murruga, o A Cidade tinha um papel fundamental na sociedade ribeirão pretana, tanto no lado social, quanto no lado jornalístico e incentivador. “A matéria que participei, foi por conta do AVC que eu tive. Mesmo com as minhas limitações, não deixei de fazer o que mais gosto, que é dar aulas. Para quem leu o jornal, isto pode servir de inspiração. São histórias de pessoas do cotidiano da nossa cidade. Histórias de vida, de lutas”.

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