Após uma carreira nos Estados Unidos com eventos icônicos como Grammy Latino, Coachella e SuperBowl, o diretor Kley Tarcitano recentemente dirigiu o Luan City 2.0, show de Luan Santana no Brasil. Este não foi seu primeiro trabalho com o cantor sertanejo — eles já haviam colaborado no projeto gravado em Portugal. Entretanto, o Luan City 2.0 marcou pela grandiosidade: foram 9 palcos, 600 toneladas de equipamentos, 22 carretas e uma equipe de 600 pessoas.
Em entrevista, Kley descreveu as diferenças entre o mercado brasileiro e americano e a importância da confiança de Luan em seu trabalho. O diretor ainda revelou detalhes do visual de Luan, inspirado em Elvis Presley, e mencionou um evento que gostaria de dirigir em território nacional.
Estrutura do evento teve nove palcos reunidos do tamanho de um prédio de 10 andares Foto: Divulgação/Alisson Demetrio
P: Kley, como foi a experiência de comandar o Luan City 2.0 no Brasil?
Kley Tarcitano: Foi um projeto grandioso e com muitos desafios. Dirigir o Luan City 2.0 foi um marco, não só pelo tamanho do evento, mas por toda a estrutura necessária. A logística e a organização foram complexas, mas o resultado foi incrível.
P: Sendo sua primeira direção no Brasil, quais foram as dificuldades que enfrentou?
Kley Tarcitano: A principal dificuldade foi a diferença de estrutura entre os mercados. Estou acostumado nos Estados Unidos, onde algumas facilidades são comuns e recursos estão sempre à disposição. No Brasil, algumas dessas coisas são bem diferentes. Tive que adaptar várias ideias ao que era viável por aqui. Mas, ao mesmo tempo, foi uma experiência enriquecedora, e me senti desafiado a criar algo autêntico para o público brasileiro.
P: E como foi o processo de criação ao lado de Luan Santana? Ele participou ativamente?
Kley Tarcitano: Sim, o Luan foi muito presente no processo criativo, ele também assina a direção artística do Luan City. Isso faz toda a diferença, traz uma autenticidade para o show. Algo que aprecio muito no Luan é que ele confia na minha visão e me deixa trabalhar livremente. Ele me disse: “Kley, eu confio em você, faz o que você quiser.” Isso é raro e demonstra a segurança que ele tem em si mesmo como artista.
P: O visual de Luan chamou atenção por lembrar Elvis Presley. Como surgiu essa ideia?
Kley Tarcitano: O Luan sempre teve o Elvis como uma referência. Ele tem essa admiração pelo estilo e pela presença de palco, e isso foi uma inspiração para o visual dele. Na verdade, foi uma ideia que surgiu junto com a mãe dele, que usou essa referência para criar os looks. Trouxe uma identidade marcante para o show e, ao mesmo tempo, reforça a autenticidade do Luan.
P: Essa confiança de Luan no seu trabalho impacta o resultado final?
Kley Tarcitano: Com certeza! A liberdade criativa faz o show fluir e traz algo único para o público. Essa confiança do Luan me permitiu ousar e experimentar, o que faz toda a diferença.
P: Com toda essa experiência, há algum outro evento que gostaria de dirigir no Brasil?
Kley Tarcitano: Sim, o carnaval brasileiro. Admiro muito o evento e tenho vontade de fazer parte dessa celebração única e intensa. Seria uma realização dirigir algo desse porte.
Para Kley, o Luan City 2.0 foi uma oportunidade de testar seus limites e adaptar sua visão ao Brasil. A parceria de confiança com Luan Santana permitiu que ele aplicasse seu estilo livremente. Agora, com o desejo de dirigir o carnaval brasileiro, ele se prepara para novos desafios e sonhos.