Saúde e bem-estar

Você sabe o que são Deficiências Ocultas?

Compreender essas condições é essencial para promover empatia e inclusão

Quando se fala em deficiência, a imagem que geralmente ocorre está associada a condições físicas visíveis. No entanto, existe uma categoria de deficiências que não se revela aos olhos da maioria: as deficiências ocultas, também chamadas de “doenças invisíveis.” Embora essas condições não apresentem sinais físicos evidentes, elas impactam profundamente a vida dos portadores, comprometendo a capacidade de realizar tarefas cotidianas e afetando significativamente o bem-estar físico, mental e emocional.

Entre as principais categorias de doenças invisíveis estão os transtornos autoimunes, neurológicos e psicológicos, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) afetam aproximadamente 10% da população mundial. “É difícil para o portador aceitar o tipo de doença se ele não consegue prová-la, e também para as pessoas ao seu redor”, explica o psiquiatra João Roberto dos Santos Junior, especialista em saúde mental.

Conviver com uma doença invisível é carregar um fardo muitas vezes incompreendido. A dificuldade em obter um diagnóstico correto, somada à falta de apoio da sociedade, pode agravar os sintomas psicológicos.  João Roberto também destaca que indivíduos com essas condições têm maior predisposição a desenvolver transtornos como ansiedade e depressão.

Cordão de Girassol

Uma das recentes iniciativas voltadas para a inclusão dessas pessoas é o Cordão de Girassol, símbolo internacionalmente reconhecido que indica que o portador possui uma condição invisível. No Brasil, a Lei nº 14.624/23 regulamenta o uso desse cordão, auxiliando na identificação e no respeito aos portadores. A lei garante que o uso do cordão é opcional e que a ausência dele não impede o exercício de direitos já previstos na legislação.

As doenças invisíveis afetam milhões de pessoas ao redor do mundo, trazendo consigo desafios diários, tanto físicos quanto emocionais. Nossa sociedade precisa evoluir na forma de reconhecer e tratar essas condições, garantindo que os portadores recebam o apoio e o respeito que merecem.

Afinal, a dor invisível ainda é dor – e precisa ser vista, reconhecida e respeitada.

 

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